terça-feira, agosto 03, 2010

Embalo...



Dá um passo de cada vez
e depois de ensaiada a dança
dirige-te à porta,
põe a mão no puxador e roda,
como a saia do teu vestido.
Agora, abre a porta
E se puderes, ao sair, fecha,
não é difícil ensaiar o fim
quando o tempo corre
e como os telefones, que antes eram públicos
já não tenho mais moedas
que mantenham os teus impulsos.
Assim sendo
só falta acabar
com a história que nós fizemos arrastar,
pelos lençóis, numa troca de corpos
por que eu fui outras pessoas
e tu aquilo que eu inventei
entre pecados
e passos
no ensaio para o espectáculo final.
Temos que nos apressar,
no quarto ao lado
a água, já corre fria,
no banho a me limpar de ti…

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